Geladeiras quebradas podem ser transformadas em Bibliotecas: basta criatividade e dedicação. Esta é a base do projeto Geloteca, uma realização da Fundação Cultural de Umuarama (FCU) para levar literatura a um número expressivo de pessoas. Neste primeiro momento, três unidades já foram instaladas: na Farmácia Central, no CEM (Centro de Especialidades Médicas) e no Centro de Referência Materno Infantil.
Segundo o secretário municipal de Cultura, Rodrigo Fernandes Pereira, as geladeiras ‘velhas’ foram doadas por uma empresa do ramo e depois destinadas a um processo de envelopamento especial – chamado adesivagem –, além de terem as grades e partes internas restauradas. “Foi um trabalho de transformação muito especial para que uma peça, que provavelmente seria destinada ao aterro sanitário, fosse convertida em um objeto que chama a atenção de todas as pessoas”, observou.
Em cada Geloteca serão colocados entre 60 e 80 livros com temas diversos, que vão desde literatura brasileira e estrangeira, autoajuda, romances e revistas, direcionadas a um público de adolescentes, jovens e adultos. “Por enquanto não teremos edições voltadas ao público infantil, pois já temos a Biblioteca Itinerante – o ônibus-biblioteca que visita todas as unidades educacionais da rede pública de ensino”, detalha Pereira.
A escolha dos locais para instalação das Gelotecas foi definida utilizando alguns critérios específicos, como ser um local fechado, seguro e protegido de intempéries. “A forma para escolher a leitura é muito simples: o cidadão vai até a geladeira, escolhe um livro que achar interessante e simplesmente pega para ler: não é preciso preencher fichas, cadastros ou formulários. Tudo é feito na base da confiança. Depois de lido, esse exemplar pode ser devolvido em qualquer uma das Gelotecas do município ou na Biblioteca Rocha Pombo, que fica no Centro Cultural Vera Schubert”, conta.
O plano é, conforme for a demanda, aumentar o número de Gelotecas por mais locais onde haja grande concentração de pessoas. Há também a possibilidade de a pessoa pegar um livro e ficar lendo enquanto aguarda, sem ter que necessariamente levá-lo para casa. Os livros fazem parte do acervo da Biblioteca Municipal Rocha Pombo, que recebe doações da comunidade. “Caso mais pessoas queiram doar livros em bom estado, eles serão muito bem-vindos. Só pedimos para que não tragam livros didáticos e técnicos”, afirma o secretário.
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