Agentes de combate a endemias responsáveis pela coleta de animais peçonhentos, que atuam junto ao Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, participaram de um curso de aperfeiçoamento realizado na última semana, no Instituto Butantan, na cidade de São Paulo. O treinamento teve como objetivo capacitar profissionais para identificar, manejar, capturar e destinar animais peçonhentos e também prevenir acidentes envolvendo esses animais.
A Secretaria de Saúde conta com três agentes de endemias concursadas, que são treinadas para este tipo de atuação – Cláudia Aline Salça, Luiza Oshiama Suenaga e Maria Salete Resende. A formação constante é necessária para a eficácia do trabalho e também para a segurança das profissionais.
Com 8h de carga horária, o curso se destinou a militares das forças armadas, policiais federais, civis e militares, funcionários de órgão governamentais de fiscalização ambiental, de secretarias estaduais e municipais do Meio Ambiente, bombeiros, agentes da Defesa Civil, médicos veterinários, técnicos de zoonoses e do Samu.
“Nossas agentes atualizaram conhecimentos sobre biologia e ecologia de serpentes e aranhas peçonhentas e de importância em saúde, primeiros socorros e prevenção de acidentes, coleta e armazenamento, além de noções de legislação específica do setor”, explicou a coordenadora da Vigilância Ambiental, Taila Biaca Crivelaro.
Apenas no primeiro semestre deste ano, a Vigilância Ambiental recebeu 232 chamados referentes a animais peçonhentos. Foram recolhidos 414 escorpiões do tipo amarelo (o mais perigoso) e 43 pretos. Também foram registrados dois chamados em virtude de cobras, 24 referentes a abelhas e 23 com relação a morcegos.
“Recebido o chamado, a equipe faz a busca ativa no imóvel vistoriando possíveis esconderijos, como caixas de passagem, caixas de gordura, madeiras e outros materiais. Os animais encontrados são capturados e depois da varredura o morador recebe orientações para cuidados e reparos, se necessário, a fim de evitar o surgimento de escorpiões e outros animais”, explicou a coordenadora.